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Constâncio I ou Caio Flávio Valério Constâncio (em latim: Gaius Flavius Valerius Constantius; Dardânia, 31 de março de 250 – Eboraco, Britânia, 25 de julho de 306) foi imperador romano do Ocidente entre 305 e 306. Teve, ainda o epíteto de “Cloro” (Chlorus; o pálido), dado pelos historiadores bizantinos.

Foi pai de Constantino, o Grande e foi casado com Júlia Helena, sobre cuja origem os historiadores não estão de acordo, alguns dizendo que provinha da linhagem real de Avalon, outros que era filha de uma concubina. Repudiou a esposa em 289 para casar-se com Teodora, filha do imperador Maximiano, por quem foi adotado e nomeado César.

A carreira imperial de Constâncio esteve ligada basicamente à defesa da fronteira noroeste do Império Romano. Em 293, Constâncio derrotou as forças do usurpador Caráusio, que se havia declarado imperador na Britânia e no Norte da Gália. Caráusio foi assassinado pelo seu tesoureiro (racional [rationalis]) Alecto, que comandou a Britânia até 296, quando Constâncio ordenou que o Prefeito Pretoriano Asclepiodoto invadisse a ilha. Alecto foi derrotado e morto, e a Britânia reunida de novo ao Império unificado, de acordo com a narrativa de Aurélio Víctor. Ainda em 296, Constâncio travou batalha com os Alamanos na cidade gaulesa de Lingones (moderna Langres). Apesar de cercado na cidade, foi resgatado pelo seu exército e derrotou o inimigo, segundo o historiador Eutrópio. Derrotou depois os alamanos novamente em Vindonissa (atual Windisch), na Suíça). Estas vitórias preservaram a fronteira romana do Reno.

Durante a perseguição aos cristãos, em 303, destacou-se pela sua humanidade. Foi proclamado augusto em 305, e morreu um ano depois, na Britânia, próximo a Eburaco (atualIorque), numa expedição militar contra as tribos dos pictos e dos escotos.

Na sua “Vida de Constantino”, o bispo Eusébio de Cesareia afirma que Constâncio Cloro era um cristão que fingia ser pagão e que por isso não tomou parte nas perseguições de Diocleciano. Porém, é mais provável que ele fosse, na realidade, como todos os imperadores desde Aureliano até Constantino – este, antes da sua conversão ao cristianismo – um adepto do culto do Sol Invicto.

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