Pular para o conteúdo
2

No começo do mês, Pery Ribeiro conversou com a reportagem de ÉPOCA, em uma das últimas entrevistas com o cantor. Confira

Pery Ribeiro

O cantor e compositor Pery Ribeiro morreu nesta sexta-feira (24), aos 74 anos, em Niterói, no Rio de Janeiro, vítima de um infarto. Ele ficou internado no Hospital Universitário Pedro Ernesto para tratar de uma endocardite por 30 dias, e a expectativa é que receberia alta esta semana, segundo sua mulher, a empresária Ana Duarte. “Hoje pela manhã fomos surpreendidos com esse infarto fulminante”, disse Ana, casada há 20 anos com o cantor.
Sua carreira musical começou em 1960, quando gravou um compacto duplo com a canção “Sofri você”, de Ricardo Galeano e Paulo Tito. No ano seguinte, gravou uma série de compactos em 78 rpm com músicas como “Manhã de carnaval”, “Samba de Orfeu” (ambas de Luiz Bonfá e Antônio Maria) e “Barquinho” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). Essas primeiras gravações foram reunidas na coletânea Eu gosto de vida, de 1961.Pery Oliveira Martins nasceu em 1937. Filho de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, começou a carreira artística muito cedo. Aos três anos, dublou o anão Dengoso na versão brasileira de Branca de Neve. Sua mãe fez a dublagem da voz da protagonista. Ainda criança, participou do filme inacabado de Orson Welles It’s all true. Em 1944, atuou em Berlim na batucada, de Luís de Barros. Adotou o nome artístico Pery Ribeiro em 1959, na época em que foi convidado para participar do programa de Paulo Gracindo na Rádio Nacional.

 

Seu primeiro disco saiu em 1962. Pery Ribeiro e seu mundo de canções românticas traziam composições de Luzi Bonfá (que o acompanhava no violão), de seu pai, Herivelto Martins, e de Tom Jobim. O sucesso veio com Pery é todo bossa, de 1963, que trazia a primeira gravação de “Garota de Ipanema”.

Desde então, lançou mais de 20 discos, entre gravações de estúdio e coletâneas. A partir da década de 1970, passou a investir em uma sonoridade influenciada pelo jazz. Em 2006, publicou o livro Minhas duas estrelas (Globo Livros, 390 páginas, R$ 39), em parceria com Ana Duarte, um depoimento sobre sua vida em meio ao conturbado relacionamento entre seus pais. O livro foi usado como base para a minissérie Dalva e Herivelto.

No começo deste mês, Pery Ribeiro conversou com ÉPOCA sobre o legado de seus pais e sobre direitos autorais na ocasião do centenário de Herivelto Martins.

Fonte: Época

Voltar