Homenagem do dia: Bussunda

Bussunda, nome artístico de Cláudio Besserman Viana, (Rio de Janeiro, 25 de junho de 1962 — Vaterstetten, 17 de junho de 2006) foi um jornalista, cronista esportivo,editor de revista, ator, escritor, humorista, comediante e dublador brasileiro, membro do grupo Casseta & Planeta.
Não tendo sucesso na escola e na faculdade, Bussunda encontrou no humor e na alegria o que ele realmente queria fazer da vida, vivia dizendo que o humor o havia salvado. Junto com seus companheiros do grupo Casseta & Planeta, construiu uma carreira de sucesso na Rede Globo. Além do bom humor, uma de suas fortes características era zombar do próprio fato de ser comilão, o que o levava a imitar personagens com semelhante qualidade.
Com os mesmos companheiros de televisão escreveu onze livros, lançou três discos, encenou uma peça de teatro e protagonizou um filme em 2003, A Taça do Mundo é Nossa (com um segundo, Seus Problemas Acabaram, lançado em 2006 postumamente). Ainda no cinema, fez uma participação especial no filme Como ser solteiro e dublou o personagem Shrek em Shrek e Shrek 2.
Faleceu na Alemanha enquanto realizava a cobertura da Copa do Mundo de 2006 para o “Casseta & Planeta“. O ator Mauro Ramos o substituiu como o dublador brasileiro de Shrek, dublando filmes e curtas da franquia a partir de Shrek the Third.
Bussunda nasceu no Rio de Janeiro, filho de Luís Guilherme Viana e Helena Besserman Viana. Era torcedor do Flamengo. Foi militante do Partido Comunista do Brasil. Casou-se em 1989 com a apresentadora Angélica Nascimento, de quem teve uma filha, Júlia, em 1993. Seu irmão Sérgio Besserman foi presidente do IBGE (por isso às vezes o IBGE era chamado no programa humorístico Casseta & Planeta, de que Bussunda participava, de “Instituto do Irmão do Bussunda”).
O apelido pelo qual Bussunda viria a ser conhecido no Brasil, teria vindo da aglutinação dos nomes Besserman e Sujismundo. Bussunda, ainda adolescente, na colônia de férias Kinderland, foi apelidado de “O Besserman Sujismundo” pelos seus colegas; daí “Bessermundo”, e mais tarde, “Bussunda”. O próprio Bussunda, apresentava uma versão diferente para a origem do seu apelido, dizia que era a mistura “das duas coisas que eu mais gosto – aquela que começa com ‘Bus’ e aquela que termina com ‘unda'”.
Morreu em decorrência de um ataque cardíaco em 17 de junho de 2006, no hotel em que estava, o Erb Best Western, no bairro de Parsdorf (município de Vaterstetten), a 16 km do centro de Munique, onde acompanhava a Copa do Mundo. No dia anterior, após uma partida de futebol com amigos do Casseta & Planeta e alguns hóspedes do hotel, sentiu-se mal, mas dispensou assistência médica. Na manhã seguinte, após acordar, foi tomar o café da manhã no hotel onde estava hospedado e começou a passar mal; um grupo de paramédicos que também estavam hospedados no hotel foram chamados, tentaram reanimá-lo por mais de uma hora, mas foi um esforço em vão. Bussunda já havia morrido, às 8h30, hora local (3h30 no horário de Brasília). Faleceu 8 dias antes de seu aniversário de 44 anos.
O corpo de Bussunda foi sepultado no domingo, um dia depois de sua morte, no cemitério São João Batista na capital fluminense.
Enterrado como um “cristão”, este fato gerou e ainda gera muitas controvérsias entre a comunidade judaica e a família do humorista, pois ele sempre reiterava que era judeu e influenciado pela religião e cultura judaica, tendo sido membro da Hashomer, da linha sionista-socialista.
Em maio de 2010, o jornalista Guilherme Fiuza lançou o livro Bussunda – A vida do Casseta, uma biografia sobre Bussunda e um pouco da história dos “cassetas”.