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José Américo de Almeida (Areia, 10 de janeiro de 1887 — João Pessoa, 10 de março de 1980) foi um romancista, ensaísta,poeta, cronista, político, advogado, professor universitário, folclorista e sociólogo brasileiro.

Formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1908, tendo sido promotor público da comarca do Recife, promotor público da comarca de Sousa na Paraíba, procurador geral do estado da Paraíba aos vinte e quatro anos de idade, secretário de governo, deputado federal e interventor. Foi ministro da Viação e Obras Públicas nos dois governos de Getúlio Vargas, senador, ministro do Tribunal de Contas da União, governador da Paraíba, fundador da Universidade Federal da Paraíba e seu primeiro reitor. Apoiou a Revolução de 1930 e era conhecido como eminência civil da Revolução no Nordeste.

Em 1934, conheceu o jovem tenente Ernesto Geisel, quando este era secretário da Fazenda, Agricultura e Obras Públicas da Paraíba, a quem teria oferecido um cargo de deputado federal. Geisel recusou, dizendo que gostava de sua profissão e era capaz, meses depois foi transferido de volta para vida militar.Jose Américo logo depois foi nomeado embaixador no Vaticano.

Américo chegou a ser pré-candidato à Presidência da República, apoiado por Vargas para as eleições de 1938, porém as mesmas não aconteceram, em razão do golpe dado por Getúlio em 1937, que deu início à ditadura do Estado Novo. No final do governo Vargas, em 1945, conseguiu o restabelecimento da liberdade de imprensa.

Destacou-se no cenário nacional com a publicação de A bagaceira (1928), romance inaugural do chamado Romance de 30.

Em 16 de julho de 1973 esteve com o já presidente Ernesto Geisel, a quem aconselhou manter o Ato Institucional Número Cinco para segurança das instituições.José Américo era conhecido por trazer má sorte e nas notas datilografadas que ele deixou com Geisel, o ministro Golbery escreveu “bater três vezes na madeira”.

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